Reflexão dos Seminários
SEMINÁRIOS UM E DOIS
O presente documento surge no âmbito do Ensino Clínico em Situações de Défice no Autocuidado e visa apresentar os aspetos relevantes tratados nos seminários regidos pelos Professores Alberto Barata, Ana Paula Camarneiro e Hugo Neves.
O primeiro seminário foi ministrado pela docente Ana Paula Camarneiro, tendo como principal enfoque a discussão entre grupos de Ensino Clínico e os possíveis sentimentos que possam surgir num começo de uma nova etapa e que devem ser compreendidos como normais.
Um dos objetivos primordiais do seminário foi a interação entre os elementos do grupo com o intuito de conhecermos os colegas que nos iriam acompanhar ao longo de todo o Ensino Clínico. Executou-se uma atividade onde as fraquezas, forças, vulnerabilidades, ameaças e desafios foram os principais temas de discussão. Considero que foi um momento importante pois fez-me percecionar que todos temos receios ao iniciar uma etapa. Porém, com trabalho, esforço e entreajuda, o processo tornar-se-á facilitador da nossa aprendizagem e será, seguramente, uma ferramenta para o nosso crescimento enquanto estudantes e futuros profissionais de saúde.
O segundo seminário, ministrado pelo docente Hugo Neves, assentou numa abordagem focada no contexto do défice de autocuidado.
Como base de sustentação teórica, para fornecermos os melhores cuidados de saúde, deveremos ter presente a Teoria de Dorothea Orem. Esta Teoria está subdividida em três teorias, a Teoria do Autocuidado, Défice de Autocuidado e Teoria dos Sistemas de Enfermagem.
Define-se autocuidado como:" ... é uma função humana reguladora que as pessoas desempenham deliberadamente por si próprias ou que alguém a execute por eles para preservar a vida, a saúde, o desenvolvimento e o bem-estar. Quando atua de forma consciente, controlada, intencional e efetiva, atingindo a real autonomização, designamos por atividade de autocuidado" (Tomey & Alligood, 2002).
Um dos pontos fulcrais que retiro deste seminário é que, ter uma base se sustentação teórica, ajuda a ter pensamento crítico perante as adversidades com que nos deparamos no contexto clínico e a realizar os cuidados de saúde de forma correta e individualizada. Os enfermeiros diferenciam-se da equipa médica pelas intervenções autónomas de enfermagem que levam a um impacto positivo em toda a equipa multidisciplinar.
Por fim, um dos processos facilitadores da aprendizagem será a utilização do Browser CIPE que nos irá guiar para a realização de planos de cuidados de saúde de forma correta.
Estes, devem sempre ser individualizados, com objetivos definidos para um determinado período, sendo responsabilidade da equipa de enfermagem de o realizar e implementar.
SEMINÁRIOS TRÊS
Apresente reflexão referente ao seminário número três visa apresentar os aspetos relevantes de forma crítica tratados pelo Professor Hugo Neves, contando com a presença do Regente do Ensino Clínico, Professor Alberto Barata.
Primeiramente foram analisadas as expectativas e objetivos e se os mesmos foram atingidos ou não. Considero que é relevante todas as semanas elencarmos aquilo que aprendemos, as capacidades que conseguimos demonstrar, as aprendizagens, as dificuldades e os juízos críticos que conseguimos apresentar, ao longo do ensino clínico.
Acabam por ser unânimes as respostas de todos os alunos, destacando o facto de muitas vezes correlacionar a teórica com os procedimentos práticos, como por exemplo justificar alguns procedimentos práticos com a teoria, refletir e ter juízo crítico e conseguir adaptar os nossos cuidados, tendo em conta as especificidades e diferenças de todos os utentes.
Por outro lado, foram partilhadas algumas experiências vividas por estudantes ao longo do EC, o que me possibilitou a perceção de novos desafios e situações que ainda não tive oportunidade de experienciar e as estratégias que encontraram para dar resposta às mesmas.
Foi feita uma pequena discussão acerca da importância do papel da disciplina de Enfermagem como ciência e do papel do enfermeiro.
Segundo (Costa & Gonçalves, 2021) "A enfermagem enquanto ciência pressupõe a aplicação de teoria, método e evidência científica. O processo de enfermagem exige uma abordagem sistemática e metodológica própria que permite cuidar do outro em todas as suas dimensões. O cuidado de enfermagem é realizado com arte e ciência, considerando o espaço do exercício de arte e o seu fundamento a ciência."
O papel do enfermeiro é vital na prestação de cuidados de saúde, tendo sempre em consideração tanto as necessidades físicas dos utentes como também as emocionais e sociais. Apresentam a capacidade de educar a população sobre as práticas de vida saudáveis, colaborar e realizar os cuidados necessários e providenciar os melhores cuidados. Foi retratado no seminário que não existe nenhuma classe de profissionais de saúde que esteja em contacto tanto tempo com os utentes, acompanhando-os e prestando auxílio.
Enquanto futura profissional de saúde e enfermeira, tenho como objetivo executar uma promoção da saúde, promover e colaborar no autocuidado e ajudar a capacitar para o desenvolvimento e utilização de recursos. É de notar que a enfermagem não é um ato único, trata-se de um processo onde valores, conhecimento e princípios científicos se conjugam entre si com o objetivo de satisfazer as necessidades das pessoas que necessitam de colaboração para realizarem os seus autocuidados e as atividades básicas do seu quotidiano.
Ao longo do seminário, foi dada ênfase ao planeamento de cuidados individualizados e à sua importância.
Para conseguir realizar um plano de cuidados e implementá-lo é necessário adotar um espírito crítico, conhecer as necessidades da pessoa e conseguir satisfazê-las, preservando sempre a autonomia da mesma.
Por fim, considero que este seminário foi bastante dinâmico e importante, pois permitiu a partilha de experiências de diversos alunos que estão em contextos e serviços diferentes, que partilham experiências diferentes de todos nós, tendo sido um espaço de aprendizagem.